Um dia destes, tenho entrada VIP nas urgências do hospital do Funchal, tantas são as vezes que lá vou. Não, não sou eu que vou lá, é a minha colega de casa a P. Ontem e depois de andar já há dois dias com febre (supomos nós porque nem termómetro temos cá em casa), e fortes dores de cabeça, decidi depois do almoço que era melhor levá-la ao hospital. O diálogo seguinte, ilustra a minha tentativa de a convencer a irmos ao hospital.
Eu: Anda P. vamos ao hospital...
P.: Não eu estou bem, isto já me passa, deixa-me descansar...
Eu: Anda lá não sejas teimosa...
P.: Eu já estou a ficar melhor...
Eu: Anda que eu já estou à tua espera.
P.: Senta-te aí, vê isto... Já vamos... Vamos mais logo...
Eu: P. vamos agora, porque agora é uma boa hora... Se vamos ao fim da tarde, depois ficamos lá até de madrugada...
P. (a chorar): Não quero ir... Não quero saber o que tenho... Já sei que fico lá internada...
Eu.: Olha se lá ficares internada, ficas... tens é que ficar boa que isso não é normal...
Depois de muito argumentar lá deu o braço a torcer e lá fomos ao hospital... Resultado? Chegámos ao hospital, foi logo atendida, tal era a gravidade do estado (mas ela insistia que estava bem, chorando baba e ranho com as dores de cabeça), ficou várias horas a soro e levou várias injecções... Eu fui para a sala de espera ler "O Rio das Flores", já fui prevenida... porque já sou "calejada", em matéria de esperar por alguém nas urgências.
Ah... Hoje de manhã a P. voltou às urgências, desta vez sozinha (eu tinha ido trabalhar), porque teve uma reacção alérgica ao antibiótico que lhe receitaram...
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